Bobos do Inferno



Á parte de uma encenação barata com actores de segunda categoria num palco onde tudo acontece, eu, humilde espectador deste a que chamo, “gosto de gozar comigo mesmo”, aprecio a falsidade e mentira num espectáculo que há muito dura.
Ao que parece estes actores foram escolhidos a dedo por um dramaturgo cuja intenção era colocar no mesmo espaço gente mentirosa e a representar individualmente para o resto dos elementos, o tema seria “minto tão solenemente que me esqueço de mim” e assim começaria o espectáculo, o ultimo a ficar em palco seria o melhor dos actores da cena mas ao que parece este título deixou de ser um objectivo e passou a ser uma diversão de toda esta comunidade falsa.
A ingenuidade de cada era a única coisa que tinha em comum já que o dom para a mentira era pouco, teriam de ser escolhidas pessoas cuja inteligência facultasse com que mais facilmente se acreditasse naquilo que se ouvia.
Foram surgindo histórias e intrigas, aparentemente tinham algo mais em comum, o gosto por estes dois pratos que lhes eram servidos à refeição todos os dias.
As suas vidas vividas num asilo infernal era suavizado com o prazer de mentir, construíam-se histórias, algumas dessas histórias acabavam por desfazer as antigas mas como a ingenuidade e o raciocínio lento, assim como o gosto por ser enganado eram as vozes que a plateia mais ouvia, este grupo de actores lançou-se num bacanal de ora enterro-me a mim ora enterro-te a ti.
Bem ao género de um “Big Brother” feito á machadada.

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