Doce Veneno

Mata leve, levemente como quem se apodera de ti.
Será doce será veneno?
Doce não é certamente e o veneno não mata assim!
Mata lento, lentamente como veneno sem fim.

Apodera se, brinca e nunca chega a um fim!
Age com ironia, triste melancolia...
Caminha devagarinho, serve se da noite como sua melhor companhia.
Mente suavemente com tão estranha proeza, tão bem se ouve e tão bem se sente!
Não é doce, nem veneno... e amor não é certamente!
Espreitei nos confins do negro da noite.
Linda! Lá estava ela no seu jogo de faz de conta...
Calma e observadora com a sua jogada pronta!
Mulher em forma de aranha, que usando o seu veneno, tudo quer e a nada se prende.
Observo a e fico olhando seu rasto, entre almas fracas que avançam, é clara a sua subtileza...
Forma estranha de ser , ágil na escolha da presa, prepara se para o golpe final.
Tece a teia tresmalhada, entre uma verdade escondida.
Forma de aranha, jeito de mulher atrevida...
Fracas as almas que caem na teia
Entrelaçadas pelo jogo de sedução
Triste não é o cair na armadilha!
Triste é nao saber dizer NAO!